sexta-feira, 30 de maio de 2008

Astrologia _ Chave para saltos quânticos.

    Astrologia

    Importante em Astrologia é saber fazer analogias. Reitero alguns pontos básicos em minha linha de pensamento. Os astros sugerem; não expressam verdades em si mesmo. A Astrologia age como um processo de autoconhecimento, de descoberta do si mesmo. Outros caminhos são a yoga, a psicologia analítica, a psicanálise ou mesmo a meditação.
      O Mapa Natal é a carta pessoal que o Arquiteto celeste escreveu para cada um de nós no instante do nascimento com preciosas sinalizações. Cabe ao bom astrólogo decifrar o que estava escrito naquele momento dado. Os astros sinalizam e o interprete, o astrólogo, é que tem dificuldades maiores ou menores em analisar com precisão as mensagens do Sol, da    Lua, dos planetas e de todas as configurações celestes.
      Em sua beleza e dinâmica, a Astrologia não se prende ao determinismo, ela se expande na disponibilidade que cada ser humano pode conferir ao seu próprio ser no caminho para a auto realização, para o seu desenvolvimento pessoal. Processo difícil e riquíssimo de encontros e desencontros, e de novos achados. A Astrologia age como convergência de fenômenos. São os planetas projetados nos oferecendo múltiplas combinações, com os mais variados recursos de leitura, numa linguagem simbólica.
     O movimento diário dos planetas indica as possibilidades para o crescimento, a evolução da personalidade como um todo; a passagem do estado de ser mais elementar, primário, para outro transformador e mais elevado em conhecimento.
    Acompanhamos através das progressões, trânsitos, revoluções solares, evolutivos, e outros recursos de leitura a projeção de nossos passos e verificamos o processo de nossas potencialidades criadoras exigindo de nós grandes esforços. Pelo livre arbítrio transcendemos ao determinismo implacável e nos colocamos diante da liberdade para saltos quânticos, isto é, atingirmos níveis de consciência mais elevada. Verdadeiro trabalho alquímico. É o ser humano polindo sua natureza primeva, rebelde, imatura e atingindo processos depurados onde a energia vital é plena em realizações, felicidade e naturalidade de ir e vir, de criar e ser tal qual se é em essência.
     Estamos caminhando passo a passo, como que perdidos sem saber a direção, com toda a espécie humana e todas as grandezas deste belíssimo planeta Terra, nesta passagem dificílima que é avançarmos, darmos o salto na História, da Era do Ter para a Era do Ser. Da era do possuir, consumindo, para a era do viver sendo, amando, sorrindo. A esperança de um salto quântico em partilha, justiça social, grandeza humana.
    Preciosos sinais se fazem notar: os três últimos signos do Zodíaco estão sendo visitados por planetas lentos/trans saturninos - Capricórnio por Plutão, senhor dos mundos subterrâneos, sombrios e da fartura em abundância - Aquário por Netuno, senhor das Águas, dissoluções, sensibilidade e intuições que nos ilumina a travessia - Peixes por Urano, senhor da tempestade, das revoluções tecnológicas e das idéias, imprevisibilidade, solidariedade e da consciência cósmica. Os planetas Saturno, senhor dos limites, rigor matemático e precisão, e Júpiter, senhor da cultura, avanços e expansão, em seus ciclos demarcando as transformações inevitáveis. Na mitologia é o confronto de Cronos e Zeus. O Tempo e as Leis da Natureza fundamentam valores neste processo de crua realidade. Os astros engendram um convite a saltos qualitativos que convergem para o entendimento, a sabedoria, um aproximar-se cada vez mais da essência comum a toda a Humanidade. O Sol, a Lua, os Planetas e todo o Firmamento nos fazem intuir a possibilidade do surgimento de um novo Fogo da criatividade e da afetuosidade no fogão do Arquiteto da Vida. O Criador e suas criaturas felizes tomando o café matinal sem medo, vivendo em satisfação interior e alegria.

    postagem martha pires ferreira - verão de 2008.

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terça-feira, 27 de maio de 2008

Frases de Nise da Silveira

Em breve, esperamos que ainda este ano, teremos nas livrarias dois livros: o de Bernardo Horta e o meu/Martha, a caminho. Fomos amigos incondicionais da sábia senhora. Tínhamos o hábito de anotar suas palavras nos nossos caderninhos.

 Mãos de Nise da Silveira que tanto expressavam ao falar
“Todo mundo deve inventar alguma coisa, a criatividade reúne em si várias funções psicológicas importantes para a reestruturação da psique. O que cura, fundamentalmente, é o estímulo à criatividade.”

“É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade.”

“Para começar a estudar é preciso, de início, capinar. Capinar, capinar, capinar... Intensamente. Somente, após longo trabalho de capinação é que você poderá trocar o ancinho por um longo pente, e passá-lo sedosamente nos cabelos de uma mulher.”

“A contaminação psíquica é pior que piolho. Vai passando de uma cabeça para outra, numa rapidez incrível. E, como você sabe, todo mundo já pegou piolho.”

“Há no meu temperamento essa fúria. Quando eu quero uma coisa, eu insisto. Todo o dia, sem falta, eu levantava cedo, pegava o ônibus e ia trabalhar em Engenho de Dentro. Todo dia, todo dia... Nada me tirava daquele caminho.”

“Os gatos são os seres mais lindos, inteligentes e independentes do mundo. Essa é a razão por que os homens têm tanta dificuldade de se relacionar com eles e os perseguem indiscriminadamente desde o início dos tempos.”

“Desprezo as pessoas que se julgam superiores aos animais. Os animais têm a sabedoria da natureza. Eu gostaria de ser como o gato: quando não se quer saber de uma pessoa, levanta a cauda e sai. Não tem papo.”

“Eu me sinto bicho. Bicho é mais importante que gente. Pra mim o teste é o bicho, se não passar por ele, não tem vez. Freud disse que quem pensa que não é bicho, é arrogante.”

“Porque passei pela prisão, eu compreendo as pessoas e os animais que estão doentes, pobres, que sofrem. Eu me identifico com eles. Sinto-me um deles.”


" Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: ter espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão".

"Há no meu temperamento essa fúria. Quando eu quero uma coisa, eu insisto".
“Só os loucos e os artistas podem me compreender.”

Tanto Bernardo Horta como eu frequentávamos o Grupo de Estudados C.G. Jung - quando tudo anotávamos. 
--- postagem martha pires ferreira.
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sábado, 24 de maio de 2008

Aquarela e Selos

Desenho - dois amores, 2001
Cecília Meireles e Heitor Villa-Lobos

sábado, 17 de maio de 2008

Palavras de C.G. Jung


Só espero e desejo que ninguém se torne ‘junguiano’. Eu não represento nenhuma doutrina, mas escrevo fatos e apresento certos pontos de vista que julgo merecedores de discussões. (...) Não advogo nenhuma doutrina pronta e fechada e abomino ‘partidários cegos’. Deixo a cada um a liberdade de lidar a seu modo com os fatos, pois eu também tomo esta liberdade para mim.

[Em carta resposta ao Dr. J.H. van der Hoop, Amsterdã. Este havia escrito que lhe interessava a própria liberdade de idéias e: Não posso dizer se algum dia poderei tornar-me junguiano.]

C.G. Jung / CARTAS / 1946 -1955 - Vol. II Editora Vozes.
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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Artur da Távola

    - Martha Pires Ferreira

    O Brasil não esquecerá a nobreza de alma de Paulo Alberto Monteiro de Barros, nosso querido Artur da Távola. Ele se despediu deste mundo que tanto amou e sofreu e amou, para sem dúvida dar o salto quântico, para algo que nos transcende a inteligência. Hoje, 8 de maio de 2008, aqui na cidade do Rio de Janeiro, por volta das 14h00, aos 72 anos na flor da idade mais avançada. Seu nome é ainda; cultura, música, refinamento, sensibilidade intelectual, desenho das palavras, simplicidade, doçura, sorriso, espiritualidade, afeto, doação de si. Consciência filosófica e fidelidade a si mesmo serviu de exemplo; dignidade como cidadão político. Permanecerá eternamente vivo porque, essencialmente, humano. Paulo Alberto foi Presidente da Casa das Palmeiras, obra de sua saudosa amiga Nise da Silveira, de dez. de 2005 a dez. de 2007. Ocasião em que muito colaborou para o renascimento da Casa quando esta sofreu um cruel incêndio. Como Ave Fênix, pai-mãe amoroso, e com sábia bondade e compaixão, com postura receptiva, sentava-se à mesa ao lado de pessoas emocionalmente feridas da doença de esquizofrenia. Não tinha medo do Inconsciente, muito pelo contrário, dialogava com as forças que emergem das profundezas do si mesmo. Muitas vezes presenciei os doentes abraçando-o com emoção e gestos de fraterna amizade. Conversava com os tidos loucos, marginalizados pela sociedade burra e insensível, com uma surpreendente delicadeza nas palavras e no olhar, ao se achegar aos mais pobres e desvalidos. O mundo sempre se eleva com homens e mulheres que se depuram como pessoas e procuram acima de tudo serem humanos e generosos em seus pensamentos e atos. Saudades querido Artur! Saudades querido Paulo Alberto! Saudades homem plural e uno! Coro de Anjos acompanha a orquestra filarmônica celeste com atabaques ao receber Paulo Alberto!
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sábado, 3 de maio de 2008

Desenho

Bico-de-pena / 1970
Quero continuar pensando que desenhar e brincar renovam as células /2008